segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Sofia da um abraço bem apertado no Fábio. Ele a abraça bem forte. Desejando que muito que aquele momento fosse de afeto e de amor e não de agradecimento, Não por deixá-la usá-lo. Ela para de abraçar e vai ate a porta da saída, olha de novo para ele.
- Diz que vai me ligar quando você voltar?
Novamente ele lembra de ter sonhado que um dia ela diria isso. Pediria para ele ligar. Mas neste momento, pela primeira vez. Ele pensou em mandá-la para o inferno. Ele respirou fundo...
- Vou ligar!
Se você deseja escutar as respostas sussurradas de todas as perguntas que fez por toda a sua vida, ande pelas ruas a noite. Pois é lá, na mais densa escuridão que elas estarão.
Fabio estava andando por mais de uma hora. Segurava aquela carta, com raiva. Passou por muitos bueiros e latas de lixo. Pensou em jogar fora e sumir. Pensou em ler, pensou em mentir na resposta do Luiz, mas só pensou.
- Está pensando demais.
- Ah!!! De novo Naty Vamp? Que droga! Já levei surtos demais para um dia.
- É eu vi... Acaso isso que está na sua mão é uma carta?
- É sim! Mas não é da sua conta.
- Me diz Fábio! Quanto deve se viver... Quantos exércitos devemos enfrentar para chegar a ter uma situação tão embaraçosa como esta que você está?
- Não enche Naty Vamp! Não me interessa como soube que a Sofia me convenceu a entregar essa carta para o seu ex-namorado, mas o assunto acaba aqui.
- E você queria ser ele?
- Ainda quero! E queria que você estivesse no meu lugar só para me ver por dentro agora.
- Nem preciso. Dá para ver que você está bem sisudo.
Fabio para de andar e olha para Naty Vamp.
- O que eu faço?
- Naty Vamp olha para o Fabio Ela sabe que jamais chegaria perto de uma situação dessas. Ela não gosta de jogar, mas quando joga é para ganhar. Ela sabia que Fábio era inexperiente e apaixonado. Dois problemas que levariam muitos guerreiros a morte. Mas Fabio precisava passar por isso. É parte da vida dos humanos. Aprender com os erros.
- Vá em frente! Faça o que prometeu. Mas não culpe só ela por estar fazendo isso. Neste jogo é importante saber quem realmente é o culpado. Sabe Fabio... Às vezes aceitar a derrota evita mais humilhação. Você ganha mais tempo para se preparar melhor. E você sabe bem que estes jogos existem todo o dia.
- Isso não é um jogo! É minha vida!
Fábio não percebe que eles estavam sendo seguido por dois homens bem suspeitos. E eles abordam os dois.
- Tudo bem com vocês! Tem um real para arrumar para a gente?
Fabio toma a frente e diz:
- Não tenho não!
Naty Vamp retoma a frente do Fábio e diz.
- Ele tem sim. Um monte. Olha o tênis novinho dele. E essa camisa ele comprou ontem mesmo.
Fabio levanta as sobrancelhas e fica olhando para a Naty Vamp.
- Obrigado pelo apoio viu Naty Vamp!
Ela nada diz... Apenas pisca para Fábio.
- Então o garoto esta escondendo o dinheiro? Isso faz mal para a saúde.
Eu adoro humanos gananciosos! – Diz Naty Vamp indo ao encontro dos dois homens.
- Então Dona! Vai facilitar para nós!
- Claro meninos! Que tal um jantar!
- É! A mulher é cheia da grana!
Um dos homens segura o braço da Naty Vamp e a abraça.
- Me dá um beijinho...
Naty Vamp segura firme os cabelos daquele homem e morde o seu pescoço. Sem perdão, sem compaixão e principalmente... Sem culpa. O outro homem tenta reagir mas, mal consegue se mover. Paralisado pela frieza de como ela tira a vida do amigo. Ele só gagueja e cai de joelhos e fica clamando pelos nomes de muitos deuses.
Porém ela já estava satisfeita, deixando o pobre homem clamando por sua vida e sanidade.

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