segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Naty Vamp olha para o Fábio e ele entende que ela não poderia ficar ali. Ele concorda silenciosamente com a cabeça. Ela manda um beijo e desaparece.
A casa do Luiz já estava bem perto. Não havia muito para pensar. Era algo menor. Chegou a pensar naquele instante que tinha perdido a sua humanidade. Tudo de repente ficou sem sentido para ele.
Quando chegou na casa do Luiz ele bateu na porta e ficou esperando seu amigo aparecer mas, para a sua surpresa, uma enfermeira abriu a porta. Ele ficou preocupado e perguntou onde o seu amigo estava. Ela disse que estava fazendo seu tratamento diário. Ele era portador de uma doença que não tinha cura e ontem os sinais de sua morte estavam aparecendo. Fabio tentou convencer a enfermeira de que era importante mas foi em vão. Ela fechou a porta e ele andou um pouco. Parou se sentou no chão.
Fabio pensava por que ele havia escondido seu estado para do seu próprio amigo? Esconder da sua própria namorada?
Fabio entendia finalmente o motivo dele acabar o namoro. Ele não queria que eles sofressem. Não queria os amigos por perto com pena. Defeitos humanos ele dizia:
- Naty Vamp tinha razão! Vivemos pensando no nosso próprio nariz. Bem que ela disse para não desejar ser outra pessoa. Nós nunca sabemos o que elas realmente são. Somos mascarados. Completamente desconhecidos até para os amigos. E eu... Fui um egoísta.
Ele vê uma ambulância vindo pela rua até a casa de Luiz... Os enfermeiros correm para dentro da casa. Ele volta para ver melhor. Vê um corpo coberto por um pano branco. A enfermeira e os pais estavam chorando muito e diziam claramente “Luiz se foi.”
Eu não pude segurar as lágrimas. A chuva começou a cair e a carta, que estava na minha mão agora estava molhada e borrada. O que estava escrito não tinha mais sentido. Nada tinha mais sentido.

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