segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

- Não seja egoísta? E eu? Quem me salvaria? Sei que sou forte e que tenho muitas vantagens sobre os humanos. Mas se não fosse a sua humanidade e compaixão eu seria desintegrada pelo sol. Isso já faz um ano. Você nunca me perguntou como eu fui parar no meio deste campo de futebol as cinco da manhã? Eu estava junto com mais duas vampiras e lutava com dez caçadores poderosos. As minhas amigas foram destruídas mas eu consegui agüentar até o final. Foi quando eles viram que eu não tinha forças para fugir do Sol e me deixaram aqui... Neste campo... Para morrer. O destino sorriu para mim quando trouxe você e quando me levou para a sua casa fiquei protegida. E consegui me reabastecer até a noite. Eu sempre serei grata. Por isso sempre vou estar perto de você. Eu aprendi uma lição naquele dia. Mesmo o ser mais insignificante do mundo sempre nos surpreende com algo que chamamos de compaixão. Isso sim! Meu caro Fábio. Um dia vou aprender como se conquista isso.
Naty Vamp beijou levemente a boca de Fábio e desapareceu em uma grande névoa branca.
Na manhã seguinte. Sofia vem a sua procura. Ela toca a campainha. Fabio dá uma olhada pela janela e fica surpreso quando a vê na porta. A Sofia na casa dele? Nem dava para acreditar. Agora sim ele começa a acreditar em destino. Ele se arruma em um minuto e corre para abrir a porta. Ela olha para ele e dá um leve sorriso.
- Posso entrar?
- Claro Sofia.
- Rapidamente ele liga o rádio e sintoniza na estação que ela gosta.
- Eu adoro essa rádio!
- É... Eu sei... Mas o que a trás por aqui.
- Eu quero te dizer algo... Ontem... Eu e o Luiz terminamos.
- Mesmo? Terminaram? Acabaram? Romperam?
- Isso mesmo Fábio.
- Por que?
- Ele achou que era melhor assim!
- Ah... Foi ele que terminou.
- Isso é tão importante para vocês, homens, né? Quem terminou primeiro?
- Não exatamente. Mas dá a impressão...
- Impressão de que?
Fábio pensou que ela estava lá porque não queria ficar sozinha e se o Luiz tinha rompido ela certamente iria ficar com alguém para não ficar abandonada ou como dizem.... Encalhada. Mas certamente ela não estava lá por realmente gostar dele. Mesmo com tudo isso passando na mente do Fábio. Ele respirou fundo e continuou falando.
- Dê nada! Olha... eu não estou muito bem hoje... estou com uma enxaqueca pesada.
- Espera Fábio. Eu não sabia que estava indisposto... mas...
- Diga...
- Eu preciso de você... Você é especial para mim.
Ela senta ao lado dele e acaricia seu rosto.
- Muito especial.

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